Resenha - Rio dos Ventos, de Fabiano Alexandria





Editora: Autografia
Ano: 2017
Número de páginas: 222
Onde comprar: EbookLivro Físico: Amazon, Saraiva
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Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐
Resenhista: Leitora Mineira

Sinopse: Antônio e Ângelo são frades do Convento Santo Antônio, que, assim como a Igreja, faz parte do complexo São Francisco, local repleto de histórias, cujo início das construções datam de 1588. Este palco histórico já foi utilizado como fortificações durante as invasões holandesas onde, até os dias atuais, várias lendas resistem ao tempo – como a de um túnel que teria sido edificado com a finalidade de servir como roteiro de fuga até o Rio Sanhauá, afluente do Paraíba. Ambos descobrem que a lenda do túnel é realidade e que muito mais coisas estão escondidas ou esquecidas pelo tempo. Entretanto pessoas erradas e influentes também tinham o conhecimento dessas descobertas e de seu valor incalculável.

Resenha: Rio dos Ventos é um romance policial e a história se passa em Cabedelo, município da região metropolitana de João Pessoa, no estado da Paraíba. O fato da ficção se passar em um município brasileiro já é um diferencial muito interessante, pois, no decorrer da história o leitor acaba tendo descrições atrativas de pontos turísticos, características e fatos históricos ocorridos nessa região.
            A história começa de uma forma bastante eletrizante. Ao nascer do sol Frei Antônio se encontra em um túnel com pouca iluminação tentando achar uma saída a fim de trazer à tona revelações que vieram a seu conhecimento dentro do convento de Santo Antônio e que podem afetar a vida de muitos dentro e fora do monastério.
            A fim de desvendar o mistério envolvendo Frei Antônio e alguns casos de homicídios consecutivos que acabam acontecendo na cidade os detetives Bernard e Vanessa entram em ação para ligar os pontos e capturar o responsável pelos crimes.
            Achei bastante interessante a riqueza de detalhes que o autor usou para descrever tanto os lugares onde acontecem os fatos narrados, quanto as informações passadas ao leitor, por exemplo, análises corporais utilizadas pelos investigadores e métodos para descobrir como os assassinatos aconteceram. Além disso, artefatos históricos são citados em “Rio dos Ventos” e algumas imagens deles ajudam o leitor a imaginar melhor os fatos descritos.
            Para os fãs de Dan Brown, assim como eu, esse livro vale muito a pena. Senti grande semelhança entre a forma que o autor Fabiano Alexandria conduziu a história com os livros do autor estrangeiro. Assassinatos, mistérios envolvendo lugares e objetos históricos e paisagens belíssimas que fazem o leitor sentir vontade de viajar, permeiam esse livro nacional publicado pela editora Autografia.

Resenha - Desapaixonante 3ª temporada, de Marvin Cross



Autor: Marvin Cross
Editora: Independente
Ano: 2017
Número de páginas: 196
Onde comprar: Desapaixonante
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Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐
Resenhista: Ariela Oliveira

Sinopse: Após os eventos ocorridos na temporada anterior, Sávio e Milena estão pisando em ovos. Além de precisarem lidar com alguns assuntos mal resolvidos, o casal de amigos ainda vai ter de enfrentar situações avassaladoras que vão deixar suas vidas de cabeça pra baixo.
Nesta penúltima temporada de Desapaixonante, você vai descobrir que nem tudo contado até agora é do jeito que sempre fizeram você acreditar. Algumas peças serão reveladas e encaixadas no quebra-cabeça, enquanto novas peças surgirão e também precisarão se encaixar. Nesse terceiro volume da série, vamos conhecer personagens novos e marcantes, e personagens não tão novos, mas de enorme importância, além dos bons e velhos momentos inusitados e cômicos, como um reality show sem-noção, uma paixão nascida num velório, flashbacks de partir o coração, Milena trocando a cor do cabelo por conta de uma baita mudança, e Sávio tentando descobrir informações relevantes sobre um Harry Potter suspeito. E é claro que também tem referências diversas, que vão de Cinquenta tons de cinza a Arquivo X e Game of Thrones, passando por Justin Bieber, Marilyn Manson e até Raça Negra!!
Mas fique ciente de uma coisa: a história que já te fez rir em vários momentos vai começar a cutucar seu lado mais emotivo...

“A paixão não faz sentido. O sentimento que começa a ser gerado por alguém está ali apenas para ser experimentado, vivido. Explicações são inúteis e irrelevantes nesses casos.”

Resenha: Hoje vou comentar um pouco sobre a terceira temporada de “Desapaixonante”, se você ainda não conhece essa websérie literária confira as resenhas que fiz dos dois primeiros ebooks: 1ª temporada, 2ª temporada.
           
No fim da segunda temporada Sávio e Milena estavam com a amizade abalada. Com a influência de Ivan Castro e sua empresa de “apaixonamento” Sávio e Ana resolvem tentar mais uma vez e reatam o namoro, o que provoca em Mile uma sensação horrível de que todos os seus esforços no negócio até então fora uma farsa.
            Nossa querida Milena está passando por momentos de dúvida e incerteza a respeito da carreira que decidiu seguir e um acontecimento com um cliente da ANNA funciona como um divisor de águas para que ela repense sua vida. Ela se sente segura e amparada por Ivan Castro e o namoro deles continua firme, mas se você bem se recorda do caráter dele, o dono da “AMANDA” não é flor que se cheire.
            Logo no primeiro capítulo o leitor é apresentado a um novo personagem, o excêntrico Denner Corrêa, que possuí uma característica bastante peculiar: ele não consegue guardar seus pensamentos somente para si mesmo e acaba revelando suas impressões a respeito de tudo em voz alta e isso me proporcionou boas risadas durante a leitura.
            Nessa terceira temporada os casos de desapaixonamento continuam sendo resolvidos, mas surgem também as discussões, revelações um tanto desagradáveis do passado e alguns temas bastante sérios. Mas não pense que a história vá ficar “pesada” por isso, o bom humor e as referências engraçadas continuam a todo vapor.

“Eu tô falando do fato de ele gostar de escutar música rodando os discos de trás pra frente. De onde você tirou essa ideia? Achei o máximo! Sem falar que algumas letras de música ficam mil vezes melhores ao contrário. Recomendo ouvir ‘Faroeste Caboclo’, viu? Ouvida ao contrário, ela conta uma história maravilhosa sobre golfinhos que auxiliam a polícia a desvendar um caso complexo de assassinato. Pena que os golfinhos não conseguem ingressar na polícia. Ignorância!”

            Um episódio que me divertiu muito foi quando Sávio aceitou ajudar uma garota apaixonada por um sósia de Harry Potter. Nosso agente do desapaixonamento precisou ir a um encontro de “Potterheads” com direito a fantasia de Severo Snape, peruca e varinha mágica.
            No final do ebook há uma entrevista onde o autor responde algumas perguntas de uma personagem da história e achei isso super criativo e muito engraçado também. Essa personagem é uma das minhas preferidas e ainda espero alguns contos a respeito dela, sei que vão render muitas páginas de boa risada.
            Me diverti muito com essa websérie literária novamente, classifiquei com cinco estrelas merecidas e “Desapaixonante – 3ª temporada” entrou para a minha lista de favoritos.

            Voltando a falar sobre assuntos sérios, também no final do ebook Marvin Cross comenta sobre os motivos pelos quais “Desapaixonante” ainda não está disponível em livro físico. Confesso que me emocionei com esse texto já que é visível o quanto o autor tem se dedicado a essa história e as dificuldades para que ela seja colocada no papel, literalmente. Esse caminho difícil de ser percorrido a fim de conseguir publicar um livro físico não é exclusividade somente do Marvin, mas isso acontece com muitos autores talentosos em nosso país. Ultimamente tenho lido diversos livros nacionais e acompanhado as dificuldades de vários escritores e escritoras de nosso país que merecem maior reconhecimento pelo seu trabalho. Ajude a divulgar obras nacionais e apóie essa causa: #euleionacionais.

Resenha - O musical, Gusttavo Majory




Ano: 2017
Número de páginas: 100
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Nota: ⭐⭐⭐
Resenhista: Ariela Oliveira

Sinopse: Nascido e criado em uma pacata cidade do interior do Espírito Santo chamada Alegre, Alan é um garoto de dezesseis anos que sempre detestou futebol e nunca havia se apaixonado por uma garota antes.
     Certo dia, é obrigado a se mudar para a cidade do Rio de Janeiro e morar com sua madrinha Gabriella, levando consigo um grande segredo que o sufoca tremendamente mas, nada está perdido quando se encontra as amizades verdadeiras.

“[...] as mudanças são inevitáveis, apenas aceite-as.”

Resenha: Recebi esse livro em parceria com a Editora Meus Ritmos e gostaria de já deixar meus sinceros agradecimentos pelo carinho e confiança depositados no Palavras Imaginárias.
            Nesse livro narrado em terceira pessoa conhecemos a história de Alan, um garoto de dezesseis anos que vê sua vida mudar completamente quando por um golpe do destino precisa sair da cidade pequena onde nasceu e foi criado para enfrentar novos desafios em um lugar totalmente diferente para ele: o Rio de Janeiro.
            Morando agora com sua madrinha o garoto tenta superar medos e sofrimentos do passado que ainda o atormentam enquanto procura fazer novas amizades na escola e aos poucos um romance acaba acontecendo. O leitor só descobre o drama que o garoto enfrenta por volta da página sessenta e esse fato confesso que me causou grande comoção.
            A música está presente o tempo todo na história, seja por meio de trechos de canções inseridas no texto ou por cenas onde os personagens cantam lembrando o filme High School Musical.
            Achei a diagramação do livro linda, com imagens que remetem a musica em todo início de capítulo e imagens da “platéia” iguais as da capa em diversas páginas.
            O livro pode ser lido por pessoas de diferentes idades, porém, ele é classificado como infanto juvenil então pode fazer muito sucesso com aquele seu sobrinho, primo ou filho (a) que curte filmes musicais.

Resenha - Jardim dos Famintos


Autor: Adams Pinto
Editora: Independente
Ano: 2017
Número de páginas: 415 
Onde comprar: Ebook
Nota: ⭐⭐⭐⭐
Resenhista: Marcela Rosa

Sinopse: 
Para escapar da morte, você precisa libertar sua fera interior. Mas a que custo? 
Um grupo de pessoas desperta com máscaras sobre seus rostos e sem nenhuma lembrança do passado. Eles partirão à procura de respostas em territórios selvagens, e apenas juntos conseguirão sobreviver aos mais diversos perigos que se esgueiram nas trevas. Entretanto, esses mascarados precisarão lidar com suas diferenças e resistir a um misterioso desejo de consumir carne humana que poderá destruí-los. Jardim dos Famintos é uma jornada através de locais inomináveis, onde o seu instinto primitivo é a chave para a sobrevivência.

“ As lembranças são como grãos de areia. O sopro do tempo pode arrastá-los, escondê-los, misturá-los, mas eles sempre estarão lá, mesmo que indefinidos. ”

Resenha: 
Antes de começar só queria falar uma coisinha: UAU QUE LIVRO!! Nessa obra maravilhosa Adams nos apresenta a um novo mundo explorando vários assuntos e trazendo coisas que é de arrepiar, e mostra o que a humanidade é capaz de fazer quando chega ao seu limite, como o canibalismo. Nos apresenta também um lugar que é repleto de perigos como monstros, e que até plantas que podem te comer.
Também mostra a sobrevivência e como os personagens tão diferentes e não lembrando de completamente NADA! (Que na minha opinião é o que eu acho mais difícil, é não saber quem você mesmo é), e sem saber em quem confiar e com tão poucas informações como sair daquela situação em que se encontram. Em cada capitulo temos uma nova surpresa. (Confesso que a cada capitulo eu tinha que dá uma pausinha de uns 5 minutos para dá uma respirada). Eu sinceramente não consegui largar o livro até acabar e tenho certeza que quando vocês começarem vão passar pela mesma coisa!
Quando eu comecei o livro eu quis saber o mínimo possível e acho que isso ajudou bastante a leitura para que eu me surpreendesse e fez com que superasse todas as minhas expectativas e quando terminei fiquei em um estado completo catatônico por uns minutinhos e com algumas lagrimas no rosto (Sim sou super emotiva com qualquer coisa até em uma Dark fantasy!).

Resenha - A Alcova da Morte


Editora: Avec
Ano: 2017
Número de páginas: 240
Onde comprar: Ebook / Físico
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Nota: ⭐⭐⭐⭐
Resenhista: Janini Campos

Sinopse:
Brasil, 1892. Durante a noite de inauguração da estátua do Corcovado, um horrendo crime toma de assalto a alta sociedade carioca. Para resolver o mistério, a investigadora particular Maria Tereza Floresta, o engenheiro positivista Firmino Boaventura e o dândi místico Remy Rudá terão de se embrenhar numa perigosa trama de poder e corrupção. O que parece mais um caso, aos poucos se revela um plano que põe em risco o futuro de todo país e para impedi-lo, a agência de detetives Guanabara Real terá de usar toda a sua perícia para solucionar os enigmas tecnológicos e os mistérios arcanos da sangrenta Alcova da Morte!
Uma trama de investigação policial. Um enredo de ficção científica. Um crime de horror sobrenatural. Três autores, Três heróis, em um Rio de Janeiro que nunca existiu!

Resenha:
Quando comecei o livro, achei que a escrita mais rebuscada poderia atrapalhar (principalmente para quem não lê muito livro de época), mas depois notei que isso não aconteceria. A leitura flui super bem, é leve apesar de antiga e incrível em seu cenário (o Rio de Janeiro). 

Maria Tereza é uma jovem chefe da Guanabara Real, a agência de detetives bastante conhecida pelos seus casos peculiares e muito bem resolvidos. 

Ela consegue com toda sua classe entrar no mistério mais discreto do momento: A alcova secreta que matou recentemente um funcionário envenenado. Embaixo de um monumento tão aguardado como a estátua do Barão do Desterro, ninguém acreditaria que pudessem existir tantos segredos. 

E junto com sua equipe: Firmino, um calculista insaciável de descobertas e Remy, um amante de mistérios profundos (e crente no sobrenatural), eles descobrem mais do que alguém poderia imaginar que aconteceria 'por baixo dos panos' em algo tão grandioso e eternizado na cidade. 

Eu me apaixonei na escrita desses três (Enéias Tavares, Nikelen Witter e A. Z. Cordenonsi) e aconselho todos a lerem, a editora está de parabéns nos detalhes e a diagramação toda certinha da mais vontade ainda de tê-lo para si. Lembrando que a Agência de detetives Guanabara Real também está em outros casos! Confiram no site indicado acima




Resenha - Última Chance, de Bia Sarah


Autora: Bia Sarah
Editora: Independente
Ano: 2017
Número de páginas: 27
Onde comprar: Ebook / Físico
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Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐
Resenhista: Janini Campos

Sinopse:
Ele
Trevor a amou como um homem deve amar uma mulher. Desejou e esperou poder acordar ao seu lado por anos, mas veio o destino e os afastou, e com o coração quebrado ele partiu para longe de tudo e todos.

Ela
Maddison o amou com corpo e alma. Tudo o que ela queria era poder ser dele, mas de repente o destino os separa, porém não antes de deixar um pequeno pedaço dele.
Eles
Durante seis anos eles estiveram separados, mas sempre se amaram. Separados pelo destino, mas unidos por algo muito mais forte do que o tempo e a distância. Será preciso deixar o passado em seu devido lugar para que seus corações possam se curar, e terem de volta aquilo que um dia pareceu perdido, mas sempre esteve e estaria lá.
Será que esse amor ainda está vivo? Existe perdão para um ato impensado? Será essa a sua Última Chance de ser feliz?


"– Mesmo você tendo a procurado e fazendo o que fez, ela deveria saber que o que tínhamos era maior que tudo isso. Mas mesmo assim ela escolheu quebrar a porra do meu coração."


Resenha:
O livro é contado por duas visões, de Trevor e de Maddison o nosso casal apaixonado mas magoado
pelas feridas do passado. A leitura é leve, descontraída, todos os personagens me conquistaram de
forma impressionante e eu não tenho um para reclamar! (Ok, apenas um, mas não vamos dar
spoilers aqui).

De início Trevor conta sobre como foi seu término com a mulher da sua vida há seis anos e como isso o destruiu por dentro, pela traição com seu amigo, seus problemas familiares não resolvidos e sua nova casa agora: Os Redeemers! Um clube maravilhoso, uma verdadeira família que o acolheu em momentos difíceis. Desde as primeiras páginas passei a odiar Maddison fácil como todos ali, mas ao conhecer o seu lado da história ela virou uma personagem cativante, determinada e forte demais ao ponto de proteger as pessoas que ama e passou a amar por todo o livro, mesmo sendo tirada de sua vida para conseguir seguir em frente com seu passado.
Trevor é muito apegado às tradições e se sentir traído é seu ponto fraco, por isso em algumas partes
posso ter achado ele um pouco egoísta em não ter aceitado outros lados, mas isso passa quando
ele conhece alguém:
um alguém que mudou sua vida, seu futuro e seus sorrisos (não estou falando da Madds! Essa
curiosidade foi maldade, eu sei).

“Não conseguia enxergar a menina pela qual foi apaixonado, ou a garota que fora sua uma vez, e que nunca faria isso com ele. Á sua frente estava uma versão madura dela, mas uma total e verdadeira desconhecida.”


E em meio a todo esse romance, o clube Redeemers passou a ter problemas com um clube rival,
então sim, temos muita ação e surpresas por ai. Trevor tenta lidar com seu passado, presente e
manter seu futuro, mas algo que deixou claro desde o início é que não perderia sua família de novo
e mantém a promessa até o fim.
O final me surpreendeu muito, as coisas
acontecendo rápido mas ao mesmo tempo
devagar e bem explicadas, a surpresa de
Maddison, a ida de uma amiga, os problemas
que viraram alegria em menos de uma página e
uma quase (autora, por favor, eu estou
surtando aqui!) perda.
A escrita e a segunda edição do livro ficaram
incríveis, deixo o link de compra e contato com
a autora e recomendo esse livro com 5 estrelas
e toda a certeza de ter se tornado o meu
favorito.
Para vocês que não são muito apegados a
romance como eu, garanto que vão se
surpreender com esse livro como eu me
surpreendi.

"Trev só queria uma única mulher, e esta era a única que o havia ferrado para todas as outras."

E antes de escrever essa resenha eu juro ter pensado muito em como expressar o quanto esse
livro mudou meu modo de agir e julgar e claro, retomar ao blog com estilo!
Sejam muuuuuito bem vindos de volta ao Palavras Imaginárias! É uma honra voltar a ler com vocês <3




#01 - Novidades de Editora 🔥

Trazendo aquela novidade quentíssima que vocês adoram: A Editora Wish (clique aqui!) está lançando um livro inédito no Brasil: Sweeney Todd, o barbeiro demoníaco de Fleet Street, escrito em 1846!

Saiba mais informações abaixo, espero que gostem desse quadro novo aqui no blog para vocês:




Editora publicará terror esquecido há 172 anos:
O livro que inspirou o filme de Tim Burton será publicado no Brasil

Originalmente publicado em 1846, na Inglaterra Vitoriana, Sweeney Todd, o barbeiro demoníaco da Rua Fleet é uma das Penny Dreadfuls mais famosas e queridas de todos os tempos. Lançado periodicamente em capítulos, em um formato semelhante ao folhetim, a história do barbeiro que assassinava seus clientes e fornecia a carne dos corpos para a fabricação das tortas mais famosas de Londres ganhou grande popularidade no século XIX, sendo posteriormente adaptada para o teatro e também para as telonas, graças ao diretor de cinema Tim Burton.
A obra completa 172 anos agora em 2018, e a Editora Wish, já conhecida pelo seu trabalho com textos antigos, abriu no dia 07 de maio uma campanha de financiamento coletivo para publicar o livro, até então inédito no Brasil. A campanha ficará no ar por dois meses, e em suas primeiras 24 horas já arrecadou mais de 30% da meta. Para realizar a publicação, a editora precisa arrecadar no mínimo R$ 22.103,00.  Quem colaborar vai receber exemplares da obra e brindes extras. 





SERVIÇO
Direção e projeto gráfico: Marina Avila – CEO da Wish
Tradução: Ana Death Duarte
Revisão: Karine Ribeiro
Prefácio: Valquíria Vlad
Administração de Envios: Marcia Avila
Apoios a partir de: R$ 25,00 (R$ 47,00 para o livro impresso com frete grátis)

Entrevista com o autor Douglas Felipe

Créditos da Imagem: Bruno Ribeiro

Douglas Felipe cresceu na cidade de São Paulo e atualmente (desde 2013) mora em São José dos Campos com a família. Não possui formação acadêmica além do "ensino médio completo" e é daí que vêm seus principais escritos. É autor, por enquanto, apenas de um romance: O Gabarito, lançado de forma independente em dezembro de 2017. (Skoob)
Tem resenha recente de “O gabarito” aqui no blog (acesse o link para ler) e agora vamos conhecer um pouco melhor o autor por trás desse livro tão divertido que me prendeu de uma forma especial.

     Conte-nos um pouco sobre você.
– Bom, eu nasci em 92, no dia 17 de maio. Eu costumava ter muito interesse em números e signos, meu sonho há alguns anos era ter nascido no dia 17 de dezembro, porque sempre achei sagitário o signo mais legal, mas hoje em dia não me importo muito com isso. Hoje em dia estou satisfeito com meu touro interior (aham).
– Eu sou muito sensível, tenho cara de mal-humorado e fechado, mas me solto (até demais) com o mínimo de afeto que alguém demonstra.
– Amo cachorros, e tenho uma quedinha por gatos também, mas aqui em casa minhas fofas (duas dogs lindas) são grandes demais e odeiam quando tem animais novos então não podemos ter gatos.
     Quais eram seus passatempos que te levaram a querer escrever seu livro?
– Eu sempre desenhei muito, desde criança, e sempre brinquei de pegar programas de TV e desenhos e brincar deles numa versão só minha (sempre com minha prima, que cresceu comigo como irmã). Demorou muito pra eu saber o que eu queria ser de verdade, mas depois que encontrei, acabei vendo que sempre quis mexer com a arte.
     De onde vêm os seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou em fatos?
– Meus personagens vêm principalmente de mim e do que eu sinto com relação às pessoas que conheci ou que gostaria de conhecer. Começa comigo, mas depois que termino, percebo que eles são até bem diferentes de mim, e isso me dá muito orgulho.
     Em qual ou quais autores(as) você se inspirou para começar a escrever? Hoje quais são suas influências literárias?
– J.K. Rowling, com certeza. Mas não há nada de Harry Potter no que eu escrevo, eu acho. J.K. Rowling foi a porta de entrada pra várias outras leituras na minha vida, e as leituras que me deram mesmo algo que eu precisava pra começar a escrever foram os livros do Markus Zusak (autor de A Menina Que Roubava Livros) e O Apanhador no Campo de Centeio, do J.D. Salinger. Hoje em dia, meu coração literário tem dono: Karl Ove Knausgård (me sinto a Sakura falando do Yukito quando falo dele, HAHAHA).
Imagem cedida pelo autor
     Indique alguns livros que te marcaram de alguma forma e você recomenda a leitura e fale um pouco sobre as referências a outras obras presentes em “O gabarito”.
– Os livros que mais me marcaram e que recomendo a qualquer pessoa são esses:
O Pintassilgo, da Donna Tartt (esse é o meu livro favorito. Sério. De todos)
Tony & Susan, do Austin Wright (fez bastante sucesso nesses últimos dois anos por ter sido adaptado para o cinema com o título de Animais Noturnos, FILMÃO maravilhoso de um LIVRÃO maravilhoso)
O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger
Trilogia “O Azarão” (O Azarão, Bom de Briga, A Garota Que Eu Quero), do Markus Zusak
Todo Dia, do David Levithan
TODOS OS LIVROS DA JENNIFER EGAN: O Torreão, Olhe Para Mim, A Visita Cruel do Tempo, O Circo Invisível, Caixa Preta (e os que ainda não foram publicados no Brasil. Essa mulher é maravilhosa demais)

– As referências em O Gabarito AAAAAAAH NÃO QUERO FALAR, me sinto mega envergonhado de fazer isso, então vou deixar aqui só as referências que estão óbvias e deixar que vocês decidam as outras muitas que estão lá dentro:
*Ciso diz que leu Nada da Jane Teller em um dia (eu, na vida real, demorei dois), e o livro fala sobre crianças que fazem um jogo para provar que nada importa na vida. O livro é curto e bem profundo, e também o inseri por causa da importância que o Ciso dá à Fuvest. Se o Ciso participasse da brincadeira que há na história de Nada, não sei o que ele colocaria na Pilha de Significados. Talvez justamente uma das provas da Fuvest?
*Ele também leu O Pequeno Príncipe, e a amizade e a lealdade são assuntos recorrentes no livro também. Ciso pode ser a raposa, implorando por alguém que o cative, sem saber que já está sendo cativado e já está cativando outras pessoas.
*O autor Edgar Miller e seu livro, Última Bala de Festim, são inspirados em um autor e uma obra reais, porém esse segredo eu não posso contar, hehe.
     O que seus personagens significam pra você?
– Eles significam a realidade e a fantasia que eu vivo e também a realidade e a fantasia que eu gostaria de viver.
     Como você se sente quando recebe comentários e elogios sobre seu livro?
– Fico feliz com os elogios, porque eles me dizem que eu fiz algo certo na vida. E os comentários me deixam alerta, porque sei que meu trabalho não é perfeito, então, por mais que no fim das contas eu perceba que tal comentário é um elogio, sempre espero pelo pior quando recebo alguma notificação. Mas jamais destrataria alguém ou compraria briga caso algum comentário fosse ruim, afinal, cada leitor tem o direito de ter seu ponto de vista: essa é a parte mais legal.
     Enquanto está escrevendo você recorre à opinião de terceiros? Se sim, por quê?
– Eu costumo mostrar o texto pronto e perguntar o que a pessoa acha, e não é muito uma “opinião”, mas sim uma conversa que leva à mudança de expressões ou rumos na história. Essas conversas também medem o que pode ser melhorado.
     Para escrever você prefere um lugar calmo sem barulho ou rola uma música? Se sim, qual sua trilha sonora durante o desenvolvimento das histórias?
– Olha, eu não sei dizer. Eu escrevi no trabalho, em casa, no ônibus, no metrô, em viagens. Diversas vezes teve muito barulho e outras vezes estava tudo tranquilo. Eu gosto de fazer tudo com fones de ouvido, então estou sempre escrevendo com o aleatório tocando músicas e, de vez em quando, o aleatório acerta direitinho.
(Neste momento, enquanto respondo a essas perguntas, estou ouvindo a música “Stories” da banda There For Tomorrow – essa música é de 2009, quando me formei no ensino médio! Adoro)
Sobre trilhas sonoras, às vezes estou nem aí pra nada, e de repente, só por que tal música começou no meu celular, tenho uma ideia e preciso escrever rápido pra não perder a excitação.
Ah, e tem mais uma coisa: há referências musicais fortíssimas no livro, inclusive na última frase também, mas não posso falar quais são, afinal quando você lê é nas suas músicas que você pensa, né?
     Atualmente, quais as maiores dificuldades enfrentadas pelos escritores brasileiros no seu ponto de vista?
– A gente não tem investimento, e muitas vezes não temos como investir em nós mesmos, e por causa disso deixamos pra lá. Escrever no Brasil é ser persistente a um nível psicótico, porque em todo lugar e todos os dias há obstáculos, tanto do mundo literário quanto do mundo normal, que tentam nos fazer desistir.
Você pode dizer: ah mas existem concursos. Sim. Existem. Mas não é o suficiente. Eu mesmo nunca venci um concurso e mesmo agora, depois de publicar de forma totalmente independente, sempre que entro em editais de concursos, encontro barreiras – “o autor deve ter de dois a oito livros publicados em seu nome”; “material precisa ser inédito”; “só serão aceitas inscrições de autores que nunca foram publicados”. Escrever um romance é muito difícil e, depois que estamos determinados a publicá-lo, existe um prazo de validade em nós para a espera pelos resultados de concursos. Aí também entra a teoria do Ciso de que só quem vence são os excepcionais, coisa que, já sei: eu não sou. No meu caso, tive que abrir minha porta no chute.
     
Créditos da Imagem: Bruno Ribeiro
Se você fosse começar sua carreira como escritor hoje, mudaria alguma coisa?
– Acho que, mesmo que tentasse, acabaria fazendo igual.
     Já está planejando um novo livro? Quais são seus projetos atuais?
– Sim! Tenho três projetos em andamento, e um deles já está quase finalizado. São três romances: um segue a linha de O Gabarito, e os outros dois são completamente diferentes, mas estão sendo maravilhosos de produzir.
     A história do Ciso em “O gabarito” permitiria uma sequência, você pretende fazer? Ou pelo menos alguns contos sobre o protagonista? (A leitora aqui agradeceria kkk)
– Talvez um dia eu possa escrever um conto sobre o Ciso, como você sugeriu, é uma boa ideia. Só pra ver aonde ele foi depois de toda essa história. Mas não planejo isso tão cedo. Também adoraria escrever uma história do ponto de vista da Cissa ou do Luigi, e finalmente descobrir o que eles estavam fazendo nas partes em que o Ciso diz que eles sumiram. Mas também são coisas pra daqui muitos anos. Ou talvez seja justamente um desses três projetos que ainda tenho em andamento. Hehe, quem sabe?
     Deixe um recado para todos seus leitores.
– LEITORES, desculpa ter respondido de uma forma tão séria. Eu gostaria de ser mais divertido e melhor humorista, mas prometo que tudo que escrevo é de coração. Tanto em O Gabarito quanto nos próximos livros que ainda virão (ATÉ RIMOU, MEU DEUS!)
Espero que gostem do livro, e apoiem os escritores independentes no Wattpad e na AmazonKindle. Somos maioria, e não estamos sendo publicados por editoras grandes porque elas acham que nós não damos dinheiro, isso sem nem nos conhecer e sem dar chance ao nosso trabalho. Por isso, agradeço aos que abrem o coração para um autor nacional desconhecido, e prometo que vou fazer sempre o meu melhor pra fazer a leitura de vocês valer a pena. Eu gostaria de poder contar pra vocês tudo que aprendi no mundo da literatura nacional, mas ainda sou pequeno demais pra esse assunto.
Aos que leem e também escrevem: não desistam. Foi o que Valter Hugo Mãe me disse quando o vi na sessão de autógrafos em 2016, em São Paulo: “Não desista!” (de ser escritor).
Ah, e é claro: suas respostas, sabe, no seu gabarito. Elas estão todas certas.

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